há algo por dentro de mofo
há algo de fome lá dentro
há de dar de comer ao que urge
gastriticamente falando
bilis sibila azedo chorume
uma cobra vazia à espera do boi velho
a rapina empoleirada e a criança fraquejando
tudo é duelo de energias
nesse mundo nada se cansa
tudo é guerra
nunca cessa, paz é uma canção, mas tudo cansa
batalha e demanda
água calma do poço da cachoeirinha
cada bolha uma inteiração
bebe a água do confronto
do gargalo, confluência
encruzilhada d'água
lambendo o mofo
e toda a sede
de toda a espera vazia
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