Do meio de minha testa,
em noite virgem de selvas,
libertei meu grilo estampido.
Saiu morno, pineal ventre de mim.
Reconheceu o Universo,
piscou estrelas flertando verde,
usou de asas pendendo em galhos.
Rompeu a noite silente
descabido em sua casca,
buscando o eterno instante
através de uma palavra:
"CRI! CRI! CRI!" -
anunciava a liberdade!
Nas brenhas do breu infinito
meu grilo-eu cria-creu a Verdade.