quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Pineal

Do meio de minha testa,

em noite virgem de selvas,

libertei meu grilo estampido.


Saiu morno, pineal ventre de mim.

Reconheceu o Universo,

piscou estrelas flertando verde,

usou de asas pendendo em galhos.


Rompeu a noite silente

descabido em sua casca,

buscando o eterno instante

através de uma palavra:


"CRI! CRI! CRI!" -

anunciava a liberdade!


Nas brenhas do breu infinito

meu grilo-eu cria-creu a Verdade.