Em cada espelho olho a mim e um outro
Na minha frente, vejo um velho amigo.
Em que rugas passaram os rios de tua emoção?
Como serão os olhos de quem já viu tanta água a passar?
Eis diante de mim um viajante do tempo,
em um barco que
não envelhece nunca!
Meu velho amigo traz em sua bagagem
o curso da História
nas linhas de uma mão
Ponteiros que marcam esse silêncio
meditam no relógio da
vida.
Esse que me olha é um presente vivo.
Sou eu mesmo que ali estou, diante de mim?
Reflito no reflexo o velho que em mim engendro
O que sou hoje me fará o que serei amanhã?
Como trato o
meu passado diante de mim?
Serei meu futuro pleno se dou as mãos aos que trazem o
tempo consigo...
Aboli o tempo para poder ser um outro dentro de mim.
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