sábado, 29 de outubro de 2016

Centauro de Ouro



Quirón, pisa no terreiro e não aponta a flecha pro aéreo. 
Quimera metade homem, meio cavalo, arqueiro das estrelas.
Bruto e leve, amálgama misteriosa que habita os planos.
Não viaje no espaço sideral enquanto teus cascos sapateiam no aqui-agora.
Mira tua flecha pra baixo, Centauro de Ouro,
teu alvo é o solo que te abriga o trote.
Quirón, usa teu fogo e tua pressa como combustíveis do ser buscando,
não como explosão de gás que detona as conexões.
Sua flecha passeia dupla, mas seja uno com o teu propósito.
Não relinche, pois sua boca é da palavra do Homem,
apenas corra, para alcançar o que equestre se impulsiona.


Olavo Brimeji





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