sábado, 15 de agosto de 2015

Carinho


Abra-se a si e se abrace, sim.
Silencie, se enlace, ciencie a respeito do mundo.
A festa divina é alquímica que me queima
E transmuta, transmite a mutação dos movimentos incandescentes e subintes,
dos átomos, nesse átimo, nesse ótimo.
Abrir-se a lata com precisão do furo, sem ferir, dar luz ao escuro,
pegar sol no que é guardado a pó e silêncio.
Tirar o telhado do sótão pro vento visitar levando o tempo
e deixar de ser o só tão vazio e se visitar com alegria.
E se abraçar, se abrasar, sem se atrasar.
Estar apenas consigo, entregue e límpido ao carinho mais lindo.


Marcelo Asth

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